As quatro escolas públicas de enfermagem de Lisboa vão ser fundidas na nova Escola Superior de Enfermagem de Lisboa (ESEnfL), uma medida que visa superar a carência de enfermeiros em Portugal e aumentar a formação destes profissionais.
A nova escola resultará da fusão das quatro escolas superiores de enfermagem públicas da capital: Artur Ravara, Francisco Gentil, Maria Fernando Resende e Calouste Gulbenkian, prevendo-se a sua localização nesta última, junto ao Hospital Santa Maria, de acordo com o Plano de Desenvolvimento da Escola Superior de Enfermagem de Lisboa.
A Significado participou como consultora na elaboração do Plano de Desenvolvimento da nova ESEnfL e expressa aqui publicamente a sua satisfação com esta medida que acredita irá contribuir seguramente para o desenvolvimento das ciências da saúde.
Uma das metas a atingir com a transformação é “a aproximação do número de enfermeiros ao da média europeia” e contribuir para “a emergência de um novo paradigma de intervenção mais centrado na prevenção e promoção da saúde, competindo ao Governo tomar medidas para atrair e fixar os profissionais nas áreas mais carenciadas”.
Na base desta fusão está o panorama da enfermagem em Portugal: uma carência de cerca de 11.500 enfermeiros na região de saúde de Lisboa e Vale do Tejo (área de influência da futura escola), uma situação de pluri-emprego, um elevado número de profissionais perto da aposentação (prevendo-se que nos próximos 20 a 30 anos se reformarão cerca de 11.400 enfermeiros) e uma “grave carência” de enfermeiros especialistas, sobretudo de Saúde Materna e Obstetrícia.